Teatro Experimental Anilense: histórico

Áurea Emilia, Paulo César Grajaú e Augusto Rosa em A Viagem de um Barquinho de Silvia Ortoff. Direção de Domingos Tourinho. 1980
O Teatro Experimental Anilense, mais conhecido como TEA, surgiu em 1972, no bairro do Anil. O grupo ensaiava no Salão Paroquial da Igreja Nossa Senhora da Conceição no Anil, porém, não tinha nenhum vinculo com a Igreja. Fazia apresentações no teatro anexo à igreja e nos bairros ao entorno: Cruzeiro do Anil, Pão de Acuçar, Aurora, Santo Antonio e Santa Cruz. Após cada apresentação realizava debates com a platéia presente sobre a temática abordada na peça, em questão.

Espetáculos encenados:

1972 – Professor Burro, Alunos Carroças de Nonato Pudim;

1973 – Paixão de Cristo de Criação Coletiva;

             A Vida de São Francisco de Assis de Nonato Pudim;

1974 – Via Sacra de Nonato Pudim;

              Antígona de Sófocles;

1975 – Paixão de Cristo de Nonato Pudim;

             Um Quarto de Empregada de Jurandir Pereira;

             Natal de Nonato Pudim;

1976 – Cristus et Crux de Marly Dias e Tácito Borralho;

             O Vaso Suspirado de Ariano Suassuna;

1977 – Judas Iscariotes de Nonato Pudim;

              A Pena e a Lei de Ariano Suassuna;

              O Auto da Compadecida de Ariano Suassuna;

1978 – O Filho do Homem de Criação Coletiva – texto final de Augusto Rosa;

              Arrocha Negrada de Nonato Pudim;

              Um Ato Só de Nonato Pudim;

1979 – Cristificação do Universo de Autor Anônimo;

1980 – Crucificação de Criação Coletiva;

              A Viagem de um Barquinho de Silvia Ortoff;

              Estatuto do Homem de Tiago de Melo;

1981 – Carne e Esqueleto de Ferreira Gullar e Roberto Kenard;

             O Castelo das 7 Torres de Benjamin Santos;

1982 – Pai-Chão de Criação Coletiva;

             Chico Rei de Walmir Ayala;

              Frei Junipero e o Pé de Porco de Autor Anônimo;

1984 – Quando as Máquinas Param de Plínio Marcos;

1989 – Adivinhe Quem vem para o Almoço de Esopo.
Augusto Rosa e Domingos Tourinho em Adivinhe quem vem para o Almoço de Esopo. Direção de Domingos Tourinho. 1989.
Ficha técnica de alguns espetáculos;

ARROCHA NEGRADA

Autor: Nonato Pudim

Ano: 1979

Direção Geral e Musical: Lourenço Claudio

Elenco: Augusto, Angélica, Paulo, Áurea, Euvaldo Duarte, Simone, Regina, Ana Suely, Lourdes, Tourinho, Lourenço, Luiz Paiva, Elinaldo, Nonato Queiroz

Cenário e Figurinos: Criação Coletiva

Coreografia: Augusto, Tourinho e Paulo
Áurea Emilia e Domingos Tourinho em Quando as Máquinas Param de Plínio Marcos. Direção de Domingos Tourinho. 1984
O AUTO DA COMPADECIDA

 Autor: Ariano Suassuna

Ano: 1979

Direção Geral e Musical: Domingos Elias “Tourinho”

Elenco: Augusto, Áurea, Euvaldo Duarte, Regina, Ana Suely, Lourdes, Tourinho, Lourenço, Luiz Paiva, Elinaldo, Nonato Queiroz, Carlos Cezar, Pindô

Cenário e Figurinos: Criação Coletiva


CRUCIFICAÇÃO

Autor: Criação Coletiva

Ano: 1979

Direção Geral e Musical: Tourinho

Elenco: Augusto, Áurea, Euvaldo Duarte, Simone, Regina, Ana Suely, Lourdes, Tourinho, Lourenço, Luiz Paiva, Elinaldo , Nonato Queiroz, Pindô, Domingas, Carlos Cézar

Cenário e Figurinos: Criação Coletiva

Coreografia: Tourinho

Luz: Antonio Duarte


DE VOLTA AO MADEIRO

Autor: Nonato Pudim

Ano: 1979

Direção Geral e Musical: Lourenço Claudio

Elenco: Augusto, Angélica, Paulo, Áurea, Euvaldo, Simone, Regina, Ana Suely, Lourdes, Tourinho, Lourenço, Luiz, Elinaldo, Nonato

Cenário e Figurinos: Criação Coletiva

Coreografia: Augusto, Tourinho e Paulo


CHICO REI

O homem pode construir com a sua

prisão, o pássaro da liberdade.


Walmir Ayala

Chico Rei, espetáculo baseado na figura lendária do herói Vila Riquenho, que se perde nos períodos imemoriais de nossa escravatura declarada. No TEMPO em que a luta popular, defendia a braço, com suor, sangue e força, não era ganha dentro de gabinetes e nem em lugar dos lutadores renhidos, heróis de inquebrantável opinião, eram aureados e aclamados heróis os donos do poder constituído, como é o caso da Abolição da Escravatura e Proclamação da República e tantos outros movimentos populares.

Chico Rei, o herói negro, o gigante acorrentado, que É no escuro das cafuas mais majestoso e mais soberbo que El Rei, e que FOI entre a agonia e a morte mais poderoso e mais temível que os dragões da Guarda Nacional. E que SERÁ o símbolo permanente da luta pela liberdade; mesmo fora das cadeias e dos grilhões, elo forte entre o passado, o presente e até o futuro que nos aguarda indefinido e assombrador.
 
A peca de Walmir Ayala é o 17º espetáculo do Teatro Experimental Anilense, que preocupado com toda uma corrente de pensamento, tenta mostrar a cada dia espetáculos conseqüentes, relatando a sua posição perante esta realidade carente de transformação, tentando uma consciência crítica posicionada, e não acomodada com a expoliação do seu povo, o produtor de riquezas e que é deixado a mercê do gládio e da chibata tirana, imperialista, aristocrática e ditadora.
Domingos Tourinho (Chico Rei) e Lourdes Azevedo (Rainha Ginga) em Chico Rei de Walmir Ayala. Direção de Domingos Tourinho. 1981

Chico Rei

Autor: Walmir Ayala

Ano: 1981

Direção: Tourinho

Elenco: Tourinho (Chico Rei), Lourdes (Rainha Ginga), Vera (Princesa), Áurea (Vila Rica), Augusto (Morte)

Coreografia e Figurino: Augusto

Cenário: Euvaldo

Adereços: O Grupo

Sonoplastia e Iluminação: Diogo

Maquiagem: Áurea e Lourdes

Fonte: Leite, Aldo. Memória do Teatro Maranhense. São Luís: EdFunc, 2007.
  
             Programa da VI Mostra Maranhense de Teatro – 1981.

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